sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Até quando ficaremos sem água na Baixada Fluminense?


Meu pai cresceu no bairro Jardim Anhangá, em Duque de Caxias. Ele e meu tio

costumavam brincar nas águas claras de um rio que corta esse e outros bairros. Suas águas

eram tão limpas, que os moradores o chamavam de “rio Azul”. Hoje, cerca de 50 anos depois,

este mesmo rio continua lá. Só que não há crianças brincando; nem pescadores buscando

alimento; nem lavadeiras; nem ninguém aproveitando uma gota se quer deste rio – cujo nome

oficial é Rio Roncador, um afluente do Rio Saracuruna.


De importantes aliados dos moradores da baixada fluminense, estes rios se tornaram

um forte incômodo: surgem ratos, mosquitos, um cheiro forte de esgoto, doenças são

espalhadas e, em cada verão, o medo das enchentes. É muito doloroso perder o pouco que se

conseguiu conquistar com muito trabalho em um dia de chuva...

Também é inaceitável que não tenhamos água encanada em nossas casas, quando

existem tantos rios e canais cruzando os municípios da Baixada Fluminense. Nova Iguaçu e

Duque de Caxias são responsáveis pela reserva do Tinguá, onde nascem diversas fontes de

água limpa. Perto de minha casa existe uma “mina d’água”, onde nós vamos buscar água – já

que a CEDAE se recusa em nos fornecer. Mas basta a água sair dali, que já começa a receber

esgoto das casas e empresas.

Até quando ficaremos sem água encanada e sem esgoto tratado? A Baixada

Fluminense é composta por uma maioria de trabalhadoras e trabalhadores honestos, que

merecem ser tratados com dignidade! Queremos Água! As grandes empresas da região, como

REDUC, Coca-Cola e Nielly recebem água em dia, inclusive desperdiçam milhões de litros! Nós,

temos que comprar carro pipa, furar poço artesiano ou carregar galão d’água na cabeça!

Vamos cobrar de Pezão, dos Prefeitos e dos deputados e vereadores nossa água e esgoto!

~ Daniel Tomazine

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